Um estudo apontou que mulheres que tomam bebidas açucaradas como refrigerantes têm mais de 78% de chances de desenvolver um tipo de câncer de útero. A doença atinge mulheres, em média, com 50 anos de idade, e é o quarto tipo de câncer mais comum no Reino Unido, matando mais de 2.000 mulheres todos os anos.
De acordo com o "Daily Mail", a pesquisa, que levou 14 anos para ser concluída, contou com a participação de 25.000 mulheres entre 50 e 60 anos com câncer endometrial, que atinge o revestimento interno do útero.
Os participantes contaram detalhadamente o que comeram e beberam. Mais da metade das mulheres tomavam bebidas gaseificadas (refrigerantes) com açúcar. Quase 600 desenvolveram câncer de endométrio, a forma mais conhecida da doença, afetando gravemente o útero. Contudo, os pesquisadores não encontraram nenhum indício na versão diet (sem açúcar).
A Universidade de Minnesota informou que seus pesquisadores não podem descartar a possibilidade de que as mulheres que tomavam refrigerantes açucarados tivessem péssimos hábitos de saúde.
No entanto, os cientistas acreditam que o açúcar nos refrigerantes pode ser a chave, uma vez que pode fazer as mulheres aumentarem de peso. Isto é importante porque uma mulher obesa produz muito mais estrogênio que uma magra. Este hormônio induz a proliferação de várias células.
As mulheres com sobrepeso também tendem a produzir mais insulina, um hormônio ligado à doença. De acordo com o pesquisador Maki Inoue-Choi: “A investigação tem documentado a contribuição de bebidas adoçadas com açúcar na epidemia de obesidade”.
“Muito açúcar pode aumentar a ingestão total de calorias de uma pessoa e pode aumentar o risco de problemas de saúde como obesidade, diabetes, doenças cardíacas e câncer”, explicou o especialista.
O estudo, que foi publicado na revista Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, é o mais recente a levantar a ingestão de refrigerantes sobre os efeitos da saúde. Antes dele, outras pesquisas relacionaram o açúcar a uma série de problemas como ataques cardíacos, diabetes, obesidade, fragilidade óssea, câncer de pâncreas e próstata, fraqueza muscular e paralisia.
A indústria de refrigerantes rebate a pesquisa e afirma que seus produtos são responsáveis apenas por uma pequena quantidade da ingestão diária de calorias de uma pessoa.
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